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Começamos o ano de 2022 trazendo a campanha mundial ‘Janeiro Verde’ que é dedicada a conscientizar e alertar a população feminina sobre a prevenção ao câncer de colo do útero. Este é o terceiro câncer maligno mais incidente entre as mulheres (atrás do câncer de mama e do colorretal).
O HPV (Papilomavirus Humano) é um tipo de vírus capaz de infectar a pele e as mucosas que revestem certas partes do corpo humano, como o interior da boca, da garganta, da faringe, do ânus, da vulva, do pênis e da vagina, fazendo com que o paciente desenvolva verrugas e lesões nas regiões que foram atacadas pelo vírus e que podem levar ao câncer. A transmissão ocorre geralmente através do contato físico, sendo mais comum a transmissão por meio de atividade sexual. Desta forma, o HPV é considerado uma doença infectocontagiosa sexualmente transmissível. O câncer de colo de útero é causado por alguns tipos de HPV chamados de oncogênicos que promovem alterações celulares. Essas alterações são identificadas no exame preventivo conhecido como PAPANICOLAU, tornado sua realização periódica (ao menos uma vez ao ano) extremamente relevante para uma detecção precoce.
De acordo com o cirurgião oncológico Paulo Henrique Dondoni, nem todas as mulheres que foram infectadas com o HPV desenvolverão câncer de colo do útero. “Aproximadamente 50% das mulheres sexualmente ativas entram em contato com o HPV em algum momento da vida. A maioria das infecções são transitórias e a mulher desenvolve imunidade contra a infecção. Apenas uma pequena parcela chegará na fase crônica que poderá ocasionar o câncer de colo do útero”, explicou o médico.
A EXPRESSÃO DA PROTEÍNA p16 NO DIAGNÓSTICO DE LESÕES DE COLO UTERINO
Quando o médico ginecologista necessita de exames mais aprofundados, pode solicitar uma biópsia do colo uterino que será estudada no laboratório de Anatomia Patológica para determinar a presença de lesão induzida pelo HPV e sua gravidade.
Nas situações onde as alterações da biópsia observadas ao microscópio não são suficientemente específicas para se afirmar a presença de lesão induzida por HPV ou sua gravidade, o patologista pode requerer exames adicionais.
Entre os exames auxiliares, além de exames moleculares, via de regra de maior custo, pode-se estudar a expressão na biópsia da proteína p16 através do teste imuno-histoquímico . A presença e a distribuição desta proteína no tecido podem confirmar uma lesão induzida por HPV em casos duvidosos. As mutações no gene p16 – associadas à perda ou superexpressão da proteína – estão associadas ao risco aumentado de uma ampla gama de cânceres e lesões precursoras do câncer. A utilização deste marcador, juntamente com o Ki-67 podem auxiliar na diferenciação entre uma lesão de baixo grau e uma lesão de alto grau. Saiba mais sobre a aplicação e p16, clicando aqui.