Sobre o Câncer de Pulmão
O câncer de pulmão causa mais de três mortes a cada minuto e é o câncer mais comum em todo o mundo.1 A cada ano, estima-se que 2,1 milhões de pessoas são diagnosticadas.1 É o primeiro em todo o mundo desde 1985, tanto em incidência quanto em mortalidade. Cerca de 13% de todos os casos novos de câncer são de pulmão.2
No Brasil é o segundo mais comum em homens e mulheres (sem contar o câncer de pele não melanoma).2 Em cerca de 85% dos casos diagnosticados, o câncer de pulmão está associado ao consumo de derivados de tabaco.2
A taxa de sobrevida relativa em cinco anos para câncer de pulmão é de 18% (15% para homens e 21% para mulheres). Apenas 16% dos cânceres são diagnosticados em estágio inicial (câncer in situ), para o qual a taxa de sobrevida de cinco anos é de 56%.2
O câncer de pulmão se divide em dois tipos principais, que são tratados de maneira muito diferente:
– 80 a 85% dos cânceres de pulmão são do tipo câncer de pulmão de não pequenas células (CPNPC), que podem ser classificados em adenocarcinomas, carcinoma espinocelular, carcinoma de grandes células (indiferenciado) e outros subtipos.3
– 10 a 15% dos cânceres de pulmão são do tipo câncer de pulmão de pequenas células.
A necessidade de classificação precisa desses subtipos foi ampliada com a introdução de terapias-alvo. As terapias-alvo mudaram o paradigma do tratamento do câncer de pulmão para além de apenas identificar o subtipo histológico, necessitando identificar os subtipos pelas mutações oncogênicas e fusões.
Sobre ROS1
A expressão elevada da proteína ROS1 em células tumorais pode indicar a presença de um rearranjo genético do ROS1.4 Assim como os tumores CPNPC positivos para ALK, tumores de pulmão ROS1 positivos são predominantes em indivíduos mais jovens e não fumantes.
O rearranjo de ROS1 ocorre em aproximadamente 1%-2% dos tumores CPNPC e é preditivo como resposta a tratamento com inibidores de tirosina quinase. Até o momento o padrão ouro para detecção do rearranjo de ROS1 e pelo método FISH (fluorescence in situ hybridization (FISH), porém a detecção de ROS1 por imuno-histoquímica tem sido proposto como um teste de triagem.