No mês de conscientização sobre câncer de pulmão, destacamos nossa ampla linha de sondas para Hibridização in Situ por fluorescência – FISH
IMPORTÂNCIA DOS TESTES FISH NO DIAGNÓSTICO DE CÂNCER DE PULMÃO
O câncer de pulmão é um tumor caracterizado pela quebra dos mecanismos celulares naturais do pulmão, a partir de estímulos carcinogênicos ao longo dos anos, levando ao crescimento desorganizado de células malignas. Este tumor maligno que pode se apresentar desde a traqueia até a periferia do pulmão e é uma das principais causas de morte entre as neoplasias no Brasil.*
A maioria das estatísticas sobre câncer de pulmão inclui dois tipos: o câncer de pulmão de pequenas células e o câncer de Pulmão de não pequenas células. Em geral, cerca de 15% de todos os cânceres de pulmão são de pequenas células e 85% são de não pequenas células.
O Instituto Nacional de Câncer (INCA) estima que para cada ano do triênio 2020/2022, sejam diagnosticados no Brasil 30.200 novos casos de câncer de pulmão, traqueia e brônquio (17.760 em homens e 12.440 em mulheres). Esses valores correspondem a um risco estimado de 16,99 casos novos a cada 100 mil homens e 11,56 para cada 100 mil mulheres (Instituto Nacional de Câncer, 10/05/2020).**
Procedimentos diagnósticos para o CPNPC – Dra. Ilana R. Zalcberg – Publicado em 16/04/2018 – alvaroapoio.com.br
As principais alterações moleculares encontradas no CPNPC (Câncer de Pulmão de Não Pequenas Células) são expressão, amplificação, inversão/fusão e mutações detectadas em EGFR, KRAS, BRAF, TP53, HER2, RH, MET e ALK. A sinalização celular induzida por essas vias alteradas interfere com a função normal das células e tem papel fundamental na carcinogênese e progressão do câncer de pulmão. O diagnóstico molecular pode determinar a escolha da terapia e, portanto, está relacionado diretamente ao manejo da doença.
Algoritmos de referência, levando-se em conta o custo e o benefício, para os procedimentos de diagnóstico foram definidos para introdução na rotina atual. Esses, envolvem exames reflexos, isto é, cortes do bloco de parafina são armazenados para uma futura realização de imuno-histoquímica (IHC) e/ou testes moleculares, a existência de exames-reflexos encurta o tempo de liberação do resultado e ajuda a preservar o tecido do material parafinado (FIP).
Os cortes teciduais são utilizados de acordo ao seguinte algoritmo:
1. Coloração com HE, PAS e IHC para caracterização de TTF1, p40 ou p63, complementados com CK5/6, napsina ou CK7, se necessário. Essa etapa estabelece o diagnóstico e classifica histologicamente os CPNPC em adenocarcinoma, escamoso ou não classificável (CPNPC-NOS);
2. Em paralelo, IHC para avaliação da expressão de ALK, c-MET, ROS pode ser realizada;
3. FISH para avaliação de amplificação de EGFR e para ALK são considerados mandatórios na rotina;
4. A análise de RAS, BRAF, MET, ROS e RET pode ser considerada, se clinicamente apropriada. Em particular, a análise de ROS1 deve ser ressaltada devido a resultados terapêuticos promissores contra esse alvo. Até o momento, o FISH é a metodologia de escolha;
5. A coocorrência de mutações está associada à resistência a ITK de EGFR. Várias tecnologias podem ser utilizadas para a análise de mutações em EGFR, são elas: sequenciamento por Sanger, piro-sequenciamento ou sequenciamento de próxima geração (NGS). A análise de rearranjos em ALK pode ser por FISH, IHC, RT-PCR ou NGS. Nos EUA, a metodologia de escolha é o FISH.
Hibridizador: TDH-500 Hydridization system
*Fonte: minhavida.com.br | ** Fonte: Oncoguia.com.br
***Fonte: alvaroapoio.com.br – Câncer de pulmão: Paradigmas terapêuticos da doença – Dra. Ilana R. Zalcberg – Publicado em 16/04/2018